sábado, 22 de junho de 2013

Texto: Avestruz – Mario Prata
Situação de aprendizagem em 6 aulas – 6º Ano – Ensino Fundamental
1ª Aula - Ativação de conhecimento de mundo:
-Questionamento sobre o título;
-Leitura compartilhada;
-Conversação sobre o zoológico – oralidade – O que é uma avestruz?
- Produção livre de desenho de uma avestruz; exposição dos desenhos elaborados em um varal;
- Comparação dos desenhos com uma foto de um avestruz;
- Socialização das informações previa dada pelos alunos;
 - Solicitação de pesquisa para a próxima aula sobre: alimentação, origem e reprodução do avestruz.
2ª Aula – Localização de informações; comparação de informações; generalizações:
- Socialização das informações; nova leitura do texto; contextualização: pesquisa, texto original e desenho feito pelos alunos – oralidade.
3ª Aula – Produção de inferências locais; produção de inferências globais:
- Levantamento dos recursos narrativos de uma crônica;
- Identificação dos gêneros;
- Comparação da linguagem da crônica com o texto científico resultante da pesquisa elaborada pelos alunos;
4ª Aula – Recuperação do contexto de produção; definição de finalidades e metas da atividade da leitura:
- Aproveitando o conhecimento adquirido sobre o Avestruz, o gênero crônica e os desenhos realizados, os alunos elaborarão uma produção escrita compartilhada, onde as personagens serão representadas por eles mesmos, visando uma criatividade maior, sendo no máximo uma equipe com quatro alunos.
5ª Aula – Percepção das relações de intertextualidade; percepção das relações de interdiscursividade:
Leitura do texto: Amigos de ouro - A arca do tesouro – Flávia Savary


6ª Aula – Percepção de outras linguagens; elaboração de apreciações estéticas e/ou afetivas; elaboração de apreciações relativas a valores éticos e/ou políticos:
- Apresentações das produções, podendo ser apenas uma leitura compartilhada pela equipe;
- Releitura das diversas linguagens trabalhadas ao longo da situação de aprendizagem: e-mail, linguagem bíblica, linguagem técnica e linguagem coloquial;
- Produção escrita finalizando – concluindo o conhecimento adquirido por eles, enfatizando o uso da Internet e os valores éticos dentro do texto.

 Ivone Minink Vila



domingo, 16 de junho de 2013

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Situação de Aprendizagem
Texto: “Avestruz”, de Mário Prata
Avestruz

      O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez anos, uma avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto.
      Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes. E se entregavam em domicílio.
      E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz, deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa uma avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase três metros. 2,7 para ser mais exato.
      Mas eu estava falando da sua criação por deus. Colocou um pescoço que não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais aves normais.
      Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé.
      Sacanagem, Senhor!  
      Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo.
      Tanto é que logo depois, Adão, dando os nomes a tudo que via pela frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio camelus australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha.
      Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que elas vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente até os quarenta, entrando depois na menopausa, não têm, portanto, TPM. Uma avestruz com TPM é perigosíssima!
      Podem gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento.
      Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia mais o que fazer.
      Foi quando descobri que elas comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo, máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem.
      Parece que convenci o garoto. Me telefonou  e disse que troca o avestruz por cinco gaivotas e um urubu.
      Pedi para a minha amiga levar o garoto num psicólogo. Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.


PRATA, M. Avestruz

Público- alvo: alunos do 6ºs anos      
Objetivo: Levar os alunos a ler e analisar o texto de modo a garantir o entendimento sobre ele e ao gênero estudado, bem como, ainda que de forma embrionária, sejam capazes de produzir uma crônica, respeitando sua estrutura, função e intencionalidade.
Tempo previsto:  De 6 a 8 aulas

ANTES DA LEITURA

1ª Etapa- Ativação de conhecimentos de mundo:

·         Levantar questionamentos acerca de um avestruz;
·         Perguntar o que sabem sobre este animal;

Você sabia que...
Avestruzes normalmente pesam de 90 a 130 kg, embora alguns avestruzes machos tenham sido registrados com pesos de até 155 kg. Na maturidade sexual (entre 2 e 4 anos de idade), avestruzes machos podem possuir de 1,8 m a 2,7 m de altura, enquanto as fêmeas alcançam de 1,7 m a 2 m. Durante o primeiro ano de vida crescem cerca de 25 cm por mês. Em um ano um avestruz pesa cerca de 45 kg.


2ª Etapa- Antecipação ou predição de conteúdos ou propriedades dos textos:

·         Levantamento de hipóteses acerca do título, possibilidades de leitura, processo de adivinhação (Colocar as suposições na lousa)

DURANTE A LEITURA

·         Leitura compartilhada e com interrupções, a fim de verificar o entendimento do texto, com a participação dialógica do alunado.

3ª Etapa- Checagem de hipóteses:

·         Verificação das hipóteses levantadas (confirmando-as ou desconfirmando-as; a fim de perceber em que aspectos elas contribuíram para o entendimento do texto)


4ª Etapa- Localização de informações: O leitor está constantemente buscando e localizando informação relevante, para armazená-la, nesse sentido, o alunado deverá.

Durante a leitura, sublinhar informações relevantes, que colaborem para a discussão acerca do texto, bem como as dúvidas existentes.

5ª Etapa- Comparação de informações:


·         O professor lança mão de questões que suscitam análise e comparação das informações presentes no próprio texto, como por exemplo:
a) Um avestruz pode viver num apartamento?
b) E como animal de estimação, seria possível tê-lo? O que isso implicaria?

6ª Etapa- Inferências Locais e globais: Levar o aluno a deduzir o sentido de uma palavra pelo contexto. Também, deve-se ressaltar que nem tudo está dito ou posto num texto. Assim:


a)      O que seria Struthio Camelus?
b)     Você já ouviu falar em TPM? Faça uma breve pesquisa sobre a sigla.
c)      Então, o que seria uma avestruz com TPM?
d)     Você percebe alguma ironia no texto?
e)      Que outras palavras do texto, você não conseguiu atribuir significados? Vamos pesquisá-las?






APÓS A LEITURA

7ª Etapa- Generalizações: Tem-se como propósito desenvolver habilidades de síntese, conclusões gerais sobre fato, fenômeno, situação, problema etc. Nessa perspectiva, o professor lança mão de questões como:


a)      Qual é a visão do autor sobre o assunto em questão: animal de estimação exótico?
b)     O texto nos oferece pista sobre a opinião do autor. Transcreva uma passagem do texto que confirma a resposta anterior.

CAPACIDADES DE APRECIAÇÃO E RÉPLICA DO LEITOR
EM RELAÇÃO AO TEXTO


8ª Etapa- Recuperação do contexto de produção do texto:  Para interpretar um texto discursivamente é preciso situar:

·         Quem é o autor?
·         Que posição social ele ocupa?
·         Características do gênero;
·         Predomínio de narratividade (elementos da narrativa para a construção do texto);
·         Os discursos implícitos;
·         Função social e finalidade do gênero;
·         Veículo/suporte de comunicação;
·         Direcionamento a um público;
·         Marcas de posicionamento do autor.

9ª Etapa- Percepção de relações de intertextualidade: Nessa etapa, o leitor constrói relações comparando o texto que está lendo com tudo o que já leu, ouviu, viu; enfim, busca no seu repertório conhecimentos que dialogam com o texto, criando, assim, outros sentidos.

Dialogismo:
·         Vídeo sobre a ave http://www.youtube.com/watch?v=PnXDYyjj-lA
·     Música: “Avestruz”, Dé Di Paula & Zé Henrique http://www.radio.uol.com.br/#/letras-e-musicas/de-di-paula-e-ze-henrique/avestruz/298135
·         Relação entre os gêneros;
·         Relação entre os discursos;
·         Analogias com textos que trazem a falta de limites das crianças (“eu quero, eu quero”) e o consumismo.

 Roda de leitura:
·         Trazer para a sala outras crônicas (leitura e comentário).

Hora da escrita:
·         Produzir uma crônica cujo tema é o consumismo infantil;
·         Orientações acerca do gênero.

Recursos:
·         Caderno do aluno;
·         Pesquisa na sala Acessa;
·         Textos (impressos pelos alunos e pelo professor);
·         Aparelhos tecnológicos para acessar à música e o vídeo.

Avaliação
Será levado em conta todo o processo de ensino-aprendizagem, a interatividade do alunado (leitura, questionamentos, pesquisa e leitura das crônicas), bem como  produção escrita.

Referências

PRATA, M. Avestruz. Disponível emwww.marioprataonline.com.br. Acesso 16/06/2013

ROJO, R. Letramento e capacidade de leitura para a cidadania. São Pulo:SEE CENP, 2004.

Anexos

Música: Avestruz

Dé Di Paula & Zé Henrique

 

Tava cansado de viver lá na roça 
De andar só de carroça, resolvi então mudar 
Vendi meu sítio, vendi vaca e galinha 
E peguei tudo que eu tinha na cidade fui morar 
O meu dinheiro tava num banco guardado 
Veio um cara engomado disse vou te dar uma luz 
Mais que depressa peguei o meu capital 
Fiz um negocio legal comprei tudo em avestruz 
O paladar desse bicho é aguçado 
Ta no seu papo guardado o dinheiro que eu pus 

Avestruz hoje eu to enrolado 
Avestruz que bichinho esfomeado 
Avestruz come terra e come gado 
Avestruz realmente to quebrado 

Pra me ajudar a tocar este negocio 
Arrumei foi muito sócio veja só no que foi dar 
Cabeleireira empenhou sua tesoura 
Diarista a vassoura hoje vive a reclamar 
Tinha um amigo que dizia ser esperto 
Teve prejuízo certo hoje ta desesperado 
Foi a motoca, foi a égua e a poupança 
Realmente foi lambança, só deu cheque carimbado 
Até o vovô que guardava um dinheirinho 
Comprou quatro filhotinhos lá se foi seu ordenado 

Avestruz hoje eu to enrolado 
Avestruz que bichinho esfomeado 
Avestruz come terra e come gado 
Avestruz realmente to quebrado 

Neste negócio de comprar este bichinho 
Fiquei falando sozinho e agora o que fazer 
Comeu o carro, foi também a camioneta 
Só não foi a bicicleta pois não consegui vender 
Era feliz e vivia controlado 
Com a família do lado não devia pra ninguém 
Na quebradeira que esse bicho me deixou 
Minha mulher me abandonou e meus amigos tamém 
To apertado igual um pinto no ovo 
Este bicho é um estorvo, nem me fale nesse trem 

Avestruz hoje eu to enrolado 
Avestruz que bichinho esfomeado 
Avestruz come terra e come gado 
Avestruz realmente to quebrado 

Avestruz, comeu até minha aposentadoria!!!


http://cronicascorporativas.blogspot.com.br/2011/09/crianca-mimada-adulto-frustrado.html

Criança mimada, adulto frustrado

Não é com base científica que escrevo essa crônica, pois não pesquisei a respeito. Pode até ser que ao ler novamente autores como Clô Guilhermino, Içami Tiba ou Daniel Goleman, nos deparemos com teorias que confirmem minhas palavras, mas nesse momento passo a escrevê-las baseado simplesmente em minhas observações no dia a dia. E o que tenho observado é que o mercado de trabalho está a cada dia mais repleto de pessoas choronas e mimadas. Tenho notado uma diferença muito grande, principalmente nos mais jovens, se comparado ao que eu percebia nas pessoas que buscavam emprego conosco na década de 1990. 

Naquela época, me parece que as pessoas entendiam melhor ou com mais naturalidade o significado da palavra conquista como sendo algo buscado através de trabalho. As de hoje, por sua vez, entendo que estão incluindo nesse significado aquilo que se consegue através de birras e escândalos. O que suponho é que a maneira mais humanista de comportamento dos pais, empenhados em dar aos filhos tudo aquilo que podem dar (e a troco de nada) pode estar transformando essas crianças em "adultos pidões".

Tenho em meu próprio convívio o exemplo de pessoas, hoje na faixa dos trinta, que viveram uma infância de luxo, com acesso a quase tudo que pudesse desejar, bastando pra isso apenas pedir. Depois de uma virada na situação financeira, quando então os desejos não eram mais todos possíveis, o adulto passou a fazer as mesmas birras de quando era criança, chegando inclusive a "cumprir seus objetivos" no peito e na raça sem se preocupar posteriormente com quem "pagaria a conta". Pessoas que, de tempos em tempos, vivem linhas depressivas e precisam serem "bajuladas" para que possa seguir em frente, aumentando com isso ainda mais a "mimodependência".

Muitas vezes, uma criança quando quer um brinquedo, usa como técnica de conquista a azucrinação aos pais. Se isso dá certo, mais tarde quando adulto e em momentos de dificuldades, tentará utilizar-se das mesmas técnicas da infância, lamentando-se, chorando ou até mesmo, adoentando-se para tentar sensibilizar outras pessoas quando desejar algo inacessível pelas suas próprias forças. E o que o mercado de trabalho menos precisa nos dias de hoje é de pessoas deprimidas, lamentadoras e pidonhas. Precisa sim de adultos que ajudem a "entregar uma carta a Garcia", trabalhando para o bem comum. 

É claro que os pais querem o melhor para o filho, por isso procuram dar a este uma vida tranquila e cheia de acessos. Mas é justamente por isso que precisam pensar no futuro deles. Os tios e avós, famosos por serem permissionários demais, precisariam ter um pouco mais de parcimônia na hora de bajular as crianças e deixar de tratá-las como se fossem "seres de estimação" entendendo que elas um dia vão crescer e que o mundo provavelmente não será tão humanista quanto se é com o caçula da família. Sejamos práticos um pouquinho e façamos uma pergunta: Estamos preparando os nossos filhos para que sejam adultos bem resolvidos e prontos para o mundo ou estamos egoisticamente os transformando em meros produtos para satisfazerem apenas a nossa vontade de bajular?

Revista Veja 
Compras  

Eles gastam muito
Com um apetite consumista maior que
o da média da
 população, o jovem brasileiro
sabe onde quer gastar e ainda influencia as
compras da família

São adolescentes, mas pode chamá-los de maquininhas de consumo. Um estudo realizado com garotas e rapazes de nove países mostra que no Brasil sete em cada dez jovens afirmam gostar de fazer compras. Desse grupo de brasileiros, quatro foram ainda mais longe – disseram ter grande interesse pelo assunto. O resultado da pesquisa, que tomou como base um trabalho da Organização das Nações Unidas (ONU) chamado Is the Future Yours? (O Futuro É Seu?), foi significativo: os brasileiros ficaram em primeiríssimo lugar no ranking desse quesito, deixando para trás franceses, japoneses, argentinos, australianos, italianos, indianos, americanos e mexicanos. Ou seja, vai gostar de consumir assim lá no shopping center.

Pedro Rubens
E não precisa nem mandar, porque a turma vai mesmo. Outra pesquisa, feita pelo Instituto Ipsos-Marplan, constatou que 37% dos jovens fazem compras em shoppings, contra 33% dos adultos. Nem sempre os mais novos adquirem produtos mais caros, mas, proporcionalmente, têm maior afinidade com as vitrines. A lista de vantagens dos adolescentes sobre outros públicos é de tirar o fôlego: eles vão mais vezes ao cinema, viajam com maior freqüência, compram mais tênis, gostam mais de roupas de grife – mais caras que as similares sem marca famosa –, consomem mais produtos diet, têm mais computadores, assistem a mais DVDs e vídeos e, só para terminar, são mais vorazes na hora de abocanhar balas, chicletes e lanches. Não é à toa que a falência antes do fim do mês é maior entre os jovens: invariavelmente atinge quase a metade deles, que estoura a mesada ou o salário.
O poder dos adolescentes sobre o mercado vai mais longe ainda, mesmo que eles não dêem a mínima para abstrações como "mercado". Costumam, por exemplo, aparecer com mais assiduidade no balcão. Pessoas com menos de 25 anos trocam de aparelho celular uma vez por ano (as mais velhas, a cada dois anos). Em relação às bicicletas, só para citar mais um exemplo, a situação é semelhante. Os adolescentes não são os maiores compradores do setor, mas aposentam uma bike a cada quatro anos. Os mais velhos só mudam de selim de sete em sete anos. Diante de tantas evidências, não causa surpresa que o gasto médio das famílias brasileiras seja maior nas casas em que moram adolescentes de 13 a 17 anos. Nesses domínios, a lista dos cinco produtos mais consumidos traz, em primeiro lugar, o leite longa vida. Depois vêm os refrigerantes. Nos lares com jovens entre 18 e 24 anos, a hierarquia é surpreendente. O refrigerante lidera o ranking, seguido por leite, óleo vegetal, cerveja e café torrado – o que explica o fato de a Coca-Cola ter no Brasil seu terceiro maior mercado em todo o mundo.
O poder de consumo dos jovens é um filão que anima vários setores da economia. Há em curso uma corrida para conquistar o coração dessa rapaziada (e o bolso dos pais). As grandes marcas desenvolvem estratégias milionárias para tornar esse público fiel desde já. A maior parte do que se produz no mercado publicitário, que movimenta 13 bilhões de reais por ano, tem como alvo a parcela de 28 milhões de brasileiros com idade entre 15 e 22 anos. É esse grupo que fornece boa parte do ideário da propaganda, enchendo os anúncios com mensagens de liberdade e desprendimento. Mostra-se extraordinária também a influência que essa molecada exerce sobre as compras da família. Oito em cada dez aparelhos de som só saem das lojas a partir do aval da ala jovem do lar. A fabricante de eletrodomésticos Arno não faz nada sem pensar nos mais novos, pois, na comum ausência das mamães trabalhadoras, é a garotada quem usa espremedores de fruta, tostadores de pão, sanduicheiras e liquidificadores. "Hoje, vendemos tanto para os filhos como para as donas-de-casa", conta Mauro de Almeida, gerente de comunicação da Arno, que mantém duas escolinhas de gourmet para cativar consumidores desde a pré-adolescência.
Essa influência é exercida já em tenra idade. Nos dias de hoje, um indivíduo é considerado consumidor aos 6 anos. Nesse momento as crianças começam a ser ouvidas na hora de tirar um produto das prateleiras do supermercado. Para cada dez crianças de até 13 anos, sete pedem itens específicos às mães. O poder jovem também se nota na hora de esvaziar o carrinho no caixa. Um quarto do que é registrado foi pedido pela garotada. "Nós educamos as crianças e os jovens para que tenham autonomia, opinião, poder de decisão. Pois é, eles aprenderam e decidem o que comprar por nós", ironiza Rita Almeida, especialista em tendências e hábitos de consumo de adolescentes da agência de propaganda AlmapBBDO.

Lilian Moreira dos Santos

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Filme- Escritores da Liberdade

 Filme sobre o livro: "Escritores da libertdade" - Direção Richard LaGravenese
Alemanha/EUA, 2007
O filme conta a história real da professora Erin Gruwell, que busca dar educação a grupo de alunos desacreditados, em uma região dos Estados Unidos, tomada por guerras inter-raciais. Então, a professora passa a ler, com os alunos, o livro "O diário de Anne Frank", trabalhando , por meio da literatura, as angústias e os conflitos que surgem na sala de aula. Identificados com a personagem, os alunos passam a escrever seus próprios diários, que se tornam um meio de expressão de seus conhecimentos.


 "O diário de Anne Frank" - Anne Frank





O diário de Anne Frank" - Anne Frank
Tradução; Alves Calado, Editora Best Bolso, 2007.
Anne Frank , é a menina que escreveu um diário enquanto viveu por 25 meses refugiuada dos nazistas. Sua família, ela e mais quatro pessoas ficaram num apertado cubículo, escondendo-se durante a Segunda Guerra Mundial. Porém, foram descobertas e deportadas para campós de concentração. Nove meses depois de ter sido presa pelos nazistas, Anne morreu, aos 16 anos de idade. 

Teste de Leitura

Teste de leitura (para o aluno)- Por Kátia Bononi

Observação: Use caneta esferográfica azul ou preta.

1-APENAS leia o teste abaixo.
2-Toda semana a sua sala realiza aula de leitura. O livro foi selecionado por você. Reflita: O que te levou a escolher esse livro e não outro qualquer? Pule para o número 6.
3-Pense: Qual foi o livro mais legal que você leu? Por que ele era legal? Você o indicaria a alguém? Sabe seu autor? Pule para o número 10.
4-Se você chegou até aqui dê uma piscadinha  com um olho só para a professora. Vá ao número 7.
5-Responda “Sim”ou “Não” em voz alta: Você gosta de sua professora de Língua Portuguesa? Vá ao número 8.
6-Ler é viajar pelo mundo sem sair do lugar. Você gosta de ler? Volte ao número 3.
7-Se você continua lendo o teste, bata o pé devagar no chão para a professora saber que está quase terminando. Depois pule para o número13.
8-Medite: Em que a leitura de livros, revistas, jornais te ajudam? Pule para o número 11.
9-É muito legal você ler o gênero textual que gosta, mas deve aprender a apreciar os outros também. Volte ao número 7.
10-Se você já chegou até aqui dê três batidinhas com a tampa da caneta e vá ao número 12.
11-Agora você pode desenhar um livro e depois volte ao número 4.................
12-Reflita: Você lê bem ou tem dificuldade? Que tipo de dificuldade? Volte ao número 5.
13-Se você chegou até aqui, não faça nada, não ria, só escreva seu nome na linha abaixo, vire a folha na carteira e observe em silêncio, seus colegas.
                                                
                                                         __________________________________________

sexta-feira, 7 de junho de 2013

TEXTO PARA REFLEXÃO

"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história".
Bill Gates
 
A frase pronunciada por Bill Gates é muito interessante. Na sociedade atual as pessoas muitas vezes pensam que a tecnologia vai substituir tudo. E assim perdemos a essência do que é a leitura e do que ela pode nos proporcionar.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Hora da poesia




Foto histórica dos autores de poemas: Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana e Paulo Mendes


Nem tudo é fácil

Cecília Meireles

É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!
         
  

Vinicius de Moraes

Soneto de Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
 Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.



MÚSICA: "MORTE E VIDA SEVERINA",  DE JÕAO CABRAL DE MELLO NETO E INTERPRETADA POR CHICO BUARQUE
http://www.youtube.com/watch?v=uL9cDmQxMwo

Autoria: Kátia Bononi Pereira
Leve descanso
Silêncio! É tempo para criar
Beleza interior
Natureza selvagem
Motiva o homem a imaginar.

Poesia, vento, animais
Mar,viagens a fluir
Leitura, escrita,o saber
É o que faz o homem a se sobressair.

Música, chuva, Deus
Eu, você, o mundo
Somos simples expectadores
A fazer deste mágico momento, o oportuno.
Murmúrio
Não,não te esqueci.
Como poderia eu esquecer-te?
Como pode se esquecer uma chama ardente
Representada num doce olhar?
Como pode o poeta
Deixar de escrever suas poesias?
Como pode o coração
Deixar de bater?
Como pode o sol
Deixar de aquecer?
Como pode o vento
Deixar de soprar?
Como pode a noite deixar de cair?
Como pode uma criança
Deixar de sorrir?
Não,não posso esquecer-te!
Amo

Amo
Um amor acima da paixão dos homens que respiram.
Amo como chama inumana e devastadora
Que consome a alma ardente da paixão.

Amo
Acima da compreensão dos humanos
Que como eu, poucos amam.

Amo
Com um sentimento voraz,
Aquele que se sente apenas uma vez.
Amo
Um amor insano
Onde impera a tristeza, a nostalgia
Mas amoamoamo.

Penumbra

Janelas estreitas profundamente enterradas na parede
Olhos negros e pesados ocultam-se na sombra
A observar lá fora um mundo luminoso.
Dentro da prisão empoeirada,
Enxerga a luz apenas através de um nevoeiro de lágrimas
Suspira através da vidraça.
Deseja estar nele, dentro dele, de um coração:
Voltar a ser feliz.

Trajetória do poeta
Orgulhosa solidão
Que funde-se num profundo silêncio.
Palavras mortas em alma vazia
Faz insignificante a vida do poeta.
Em versos,a morte é um dos temas mais constantes,
Quando recorda mortos queridos e expressa seu desejo
De unir-se a eles.
Dialoga com a natureza em instantes
Descreve um amor sombrio e impossível
Poeta, sonhos singulares, ele próprio,
Sua alma em um mundo transferido
Por obra do milagre artístico
Descreve sua vida e morre como no livro.
Despertar do poeta
O vento e o mar vêem nascer o ser
Crescer a selva
Florescer a primavera
Vem despertar o poeta
Que transborda de amor sincero e puro
Para um mundo inseguro
E encontra hipocrisia,egoísmo e infâmia
Onde revolta-se e defende seus sentimentos:
Virtude, amor, pátria e glória.

Não deixe o poeta morrer
Vi nascer um menino
Que foi se tornando poeta.
Escreveu durante o dia
Mas tornou-se amante da noite.
De repente desapareceu.
Será que o poeta morreu?
Será que sobreviveu
Ou apenas se escondeu?
Sentindo saudade de poesia
E não tendo mais o que ler
Escrevi este poema
Onde espero reviver
O poeta que há em você.
O poema, a poesia não pode acabar
A noite sucinta o desejo de sonhar.
Olhe para a vida,ainda há inspiração
Viver para ter motivo
E escrever remoça o coração.

Encantos e desencantos do meu bairro
O Bairro Boa Vista não tem esse nome à toa.
A vista é boa e a via entoa.
Aqui, prevalece a pecuária e a piscicultura
E há tarefas [árduas para a boa agricultura.
O ribeirão é preciso salvar
Para que em suas águas possamos nadar.
Nele há esgotos,produtos químicos,mato alto
Garrafas pets, vidros e avista-se do asfalto.
Morcegos, sapos gatos
Animais mil e muitos patos.
Galinhas, vacas, cavalos
E homens tentando preservá-los.
À noite,o sapo coaxa onde há pirilampos
E os morcegos voam nos campos.
Pelas montanhas animais de espécies variadas
Com muitas histórias a serem contadas.
Muito simples e participativa é a população
Seus filhos estão estudando para construir uma nova nação
Mas aqui ainda falta muito o que fazer
Havemos de aprender a reivindicar cultura e lazer.
Com toda a certeza eu digo
Que a preservar o bairro eu fico
Porque quem vem , daqui vai embora
Sente muita saudade e retorna.
 Reflexão e ação
“Hoje,
Agora,
Logo,
Porque toda hora é hora
Para uma atitude,
Para uma opção.

Você,
O que fará com o seu mundo?
É momento para pensar,
É momento para decidir,
É momento para agir.
Hoje,
Hoje é dia para você tomar
Seu próprio mundo nas mãos.
Para quê?
Para aceita-lo em atitude dinâmica,
Para senti-lo concretamente em suas mãos.
Para sonha-lo de olhos abertos para a realidade;
Para contemplá-lo além das aparências;
Para penetra-lo não para escravizar, mas para libertá-lo;
Para senti-lo como amigo.
É hora .
Não para descansar sobre ele,
Mas para trabalhar nele.
                                              Hermínio G. Sargentim

“O homem que caminha...
... à interiorização, à descoberta de si mesmo é convidado à RE-FLEXÃO sobre:
*sua realidade ;
*sua originalidade irrepetível;
*sua condição de homem ou mulher;
*sua constituição físico-psíquico-espiritual;
*sua dimensão individual-social;
Seus atributos de ser consciente,
           em processo de libertação,
           em relação com o mundo, com o outro,
           investido de uma missão a realizar.

                    E tudo isso VISTO e VIVIDO
                    na dimensão humana”
                                                  Hermínio G. Sargentim


“Mergulha a mente, quanto possível, no estudo.
O estudo liberta da ignorância e favorece a criatura com o discernimento.
O estudo e o trabalho são asas que facilitam a evolução do ser.
O conhecimento é mensagem de vida.
Não apenas nos educandários podes estudar.
A própria vida é um livro aberto, que ensina a quem deseja aprender.”
                                                         Ivone Villa